Apoio às famílias “esquecidas” pela sociedade
Quando uma pessoa é condenada à reclusão, não é só a ela a quem é retirada a liberdade, na realidade, quem a rodeia acaba por sofrer mais ainda…
Segundo dados divulgados pela Agência Lusa, o número de reclusos em Portugal aumentou 15,7‰ nos últimos 8 anos, no entanto, a incidência maior foi sobre o sexo feminino, que aumentou cerca de 37%. De 2010 para 2017, a população reclusa passou de 11.613 reclusos para 13.440.
Com certeza, se avaliarmos a família direta destes reclusos, o número de pessoas afetadas mais do que duplica. Entre progenitores, avós, filhos, irmãos e cônjuges… acabam por ser milhares os envolvidos numa teia em que o sofrimento, para além do estigma social sempre presente, se intensifica a cada dia que passa.
É com esta realidade bem presente que o grupo Universal Nas Prisões (UNP) tem dado não apenas assistência aos reclusos, como também aos seus familiares. Recentemente, foi realizada uma visita, precisamente, com este intuito: dar assistência à família de um recluso que se encontra preso no Estabelecimento Prisional de Sintra. À mãe e à irmã do recluso foram entregues quatro sacolas com alimentos básicos, como: arroz, massa, óleo, feijão, salsichas, leite, entre outros…
Através da sua experiência do trabalho realizado junto dos reclusos, a UNP sabe que uma das principais preocupações dos mesmos é relativamente ao bem-estar dos seus familiares físico e psicológico. É também por este motivo que a UNP realiza um trabalho não só no interior das prisões como também fora, dando o apoio necessário às famílias do recluso.