Ciente de que as redes sociais, nomeadamente o TikTok, tem efeitos sobre a saúde mental dos jovens, nos Estados Unidos esta rede corre o risco de ser banida

14 estados norte-americanos, recentemente, apresentaram ações judiciais contra o TikTok, a rede social de vídeos curtos. A acusação? Estar a “aprisionar” crianças, adolescentes e jovens, causando-lhes danos à saúde mental. Os processos, que exigem medidas corretivas e sanções financeiras, como foi noticiado pela universal.org, acontece numa altura em que se prevê uma possível suspensão da rede no país. Sequência sucessiva de vídeos, filtros de beleza, reprodução automática, likes e notificações são alguns dos recursos apresentados como prejudiciais e “viciantes”, que podem causar ansiedade e depressão.

UM CASO REAL

Eduarda já sofria de crises de pânico e de ansiedade. Passava cerca de 10 a 12h por dia no telemóvel, a gravar vídeos e a “colecionar likes”. Foram os eventos disruptivos da mudança de país e o divórcio dos pais que a levaram a entrar em depressão e procurar os laços virtuais que lhe faltavam com as pessoas reais. “Encontrei um refúgio, uma suposta saída para os meus problemas quando comecei a gravar vídeos para a internet, no TikTok. Ganhei visibilidade, alcançando mais de 1 milhão de pessoas. Isso deixava-me feliz por algum tempo, mas, na verdade, desencadeava mais tristeza, por sempre querer encaixar-me em padrões que nem eu mesma gostava. Fazia tudo por ‘likes’ e comentários sobre mim e os meus vídeos”, relembra.

DESCOBRIR A VIDA

“Porém, o meu estado piorou, e era tão evidente que uma tia minha me convidou para ir à Universal. Sentia paz nas reuniões, o que me fazia querer voltar. Libertei-me e busquei a Jesus de todo o meu coração! Com o Espírito Santo, hoje sou verdadeiramente feliz e não preciso da atenção de mais ninguém, pois, saber que chamei a atenção de Deus me basta!”, conclui a jovem que hoje sabe o que é viver!

Eduarda Gomes

Fonte: Folha de Portugal

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