A “pandemia” sombria
25 de novembro assinala todos os anos a data em que uma violência generalizada e tão perturbadora afeta mais de 700 milhões de mulheres no mundo inteiro, deixando marcas, muitas vezes, impossíveis de superar
Existe, é devastadora na vida da vítima e começa cada vez mais cedo. Falamos da violência de toda a ordem, como a física, a psicológica e o abuso infligido maioritariamente sobre as mulheres, que já se tornou tão comum no mundo que se revela assustador. Quase que diariamente, deparamo-nos com casos de violência nos média, que são uma pequena amostra do que acontece, sendo que a realidade é ainda mais assustadora, tendo em conta os casos que ainda continuam encobertos.
À PORTA FECHADA
Começou quando ela ainda não tinha sequer 10 anos e prolongou-se por oito anos… foi este o martírio de uma menina de Peniche, cujo pai a sujeitava a abusos sexuais graves constantes, sempre com o conhecimento da mãe. Ambos foram presos preventivamente, mas à filha cabe lidar com um novo percurso, a de se reconstruir física e psicologicamente e tentar ter a vida normal que nunca conheceu.
DADOS MORTÍFEROS
A data de 25 de novembro deve-se, então, à homenagem às irmãs Patria, María Teresa e Minerva Maribal, presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo. Mas Portugal, como cada país, não escapa às estatísticas, tendo só nos primeiros 6 meses do ano morrido 19 mulheres e 1 criança às mãos dos seus agressores. Como quebrar este ciclo? Essa é a pergunta que, ano após ano, sempre fica por responder…
Fonte: Folha de Portugal