Sofia fugia a uma dor que nem ela própria queria admitir de tão antiga que era e da dimensão dos danos que a mesma lhe causava…

Desde cedo, a realidade de Sofia era o convívio com a sua mãe e irmã. Com um pai muito ausente, acabava por passar mais tempo com a sua irmã, devido à sua mãe trabalhar muito. Com o tempo, Sofia acabou, de certa forma, por se tornar “dona do seu nariz”, como se costuma dizer, já que não tinha os pais presentes. “Fui crescendo assim, com muita liberdade. E embora, materialmente falando, não me faltasse nada quando era criança, eu sofria com a ausência familiar.”

DOR OCULTA

Por não ter crescido com a presença do pai, tudo o que ele dizia para ela não fazer, como uma tatuagem, um piercing ou fumar… era, precisamente, o que Sofia fazia. “Camuflava essa dor e revolta com saídas à noite com apenas 13 anos de idade. Roubei várias vezes em casa e, durante um período, fumei cigarros. Tornei-me uma pessoa egocêntrica, arrogante, intolerante e, se as coisas não fossem do meu jeito, eu explodia. Recordo-me de um episódio em casa em que atirei com um ferro de engomar a um dos meus familiares, mas não consegui acertar”, conta, acrescentando que, apesar de sentir remorsos pelo que fazia, voltava sempre a ter as mesmas atitudes.

A OPORTUNIDADE

A separação dos pais veio a intensificar a frustração da jovem Sofia, que via agravar-se o sofrimento da sua mãe, diagnosticada com depressão “Eu queria mandar dentro de casa e muitas vezes até na minha mãe. Eu não media o que dizia e irritava-me facilmente!”. Isto aconteceu mesmo no início do seu namoro, pois queria mandar no relacionamento.
“A Igreja Universal conheci através de uma história de superação de uma colega de trabalho. Ela contou-me sobre a forma como superou a sua dor e chamou-me a atenção por ter sido sobre depressão, a doença da qual a minha mãe sofria”, relembra.

O RENASCER

“Comecei a frequentar a Igreja, e foi assim que teve início o meu processo de libertação. Passei a sentir paz e compreendi que ali era o meu lugar! À medida que fui escutando a Palavra, fui-me libertando e fazendo a minha caminhada com Deus. A mentira, a manipulação, a arrogância… a minha antiga forma de ser passou a fazer parte do passado. Quando ouvi falar sobre o Espírito Santo, passei a desejar tê-Lo na minha vida. Tive de me perdoar a mim mesma e pedir perdão a quem tinha feito mal. Entreguei a Deus essa ‘culpa’ que sentia e foi, então, que recebi o Espírito Santo! A paz interior foi indescritível, assim como a vontade de falar de Deus a todas as pessoas”, confessa. “Hoje sou uma pessoa calma e que transmito calma aos outros. Com o Espírito Santo, sou uma pessoa meiga, compreensiva, que pensa no seu próximo! Deus tirou a minha dor e colocou em mim a alegria!”, conclui, feliz.

Sofia Enes

Fonte: Eu era assim

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