“Nunca iria ser ninguém, nem iria conseguir nada na vida”, foram estas as palavras duras que deixaram marcas profundas no interior de Anabela à medida que ia crescendo

“Cresci num lar desestruturado, onde o meu pai brigava muito com a minha mãe e era bastante agressivo com a minha irmã mais velha. Já eu ouvia da parte dele que nunca iria ser ninguém, nem iria conseguir nada na vida. Tudo isso fez crescer dentro de mim um sentimento muito forte de raiva e posso até mesmo dizer de ódio. Eu odiava o meu pai!

Mas este não era um problema que ficava só em casa, pois, esse sentimento de frustração ia para a escola também comigo. Tinha bastantes dificuldades de aprendizagem, chegando ao ponto de com 14 anos ainda estar no 4º ano de escolaridade.

Conforme ia crescendo, a situação foi ficando ainda mais intensa e esse sentimento cada vez mais forte. As coisas não melhoravam, antes pelo contrário só pioravam, e a sensação de vazio, a frustração e o ódio eram sentimentos que já não conseguia conter dentro de mim. Por isso, aos 18 anos, decidi sair de casa, fazendo um juramento de que jamais voltaria a ver o meu pai!”

PERDÃO

“Aos 19 anos, quando conheci o trabalho da Universal, as palavras ditas no Altar foram como um refresco para o meu ser, pois, não estava habituada a ouvir palavras que me trouxessem leveza e, ao mesmo tempo, respeito. Entretanto, o meu irmão faleceu e eu como não conseguia entender nada do que se passava comigo, fiquei seis anos sem ouvir essa Palavra que trazia vida para dentro de mim.
Quando dei uma oportunidade de A escutar novamente, já estava grávida da minha filha, mas, foram anos muito difíceis. A cada ida minha na Universal, fui entendendo a importância do perdão e tomei a decisão de perdoar o meu pai. Fiz quilómetros para ir ter com ele e, apesar de não termos qualquer contato, aquele dia ficou marcado para sempre. O meu pai chorou tanto, pois, estava arrependido de tudo o que tinha feito e saiu um peso enorme de dentro de mim. Aquela palavra de leveza tomou conta do meu ser, senti-me livre, leve e feliz e vi isso também no meu pai. Ele faleceu passado uma semana, mas, o seu semblante estava feliz! Agradeço a Deus por essa Palavra maravilhosa, que salvou a minha alma e a minha família!
Entretanto, conclui os estudos, tirei a carta de condução, casei e tive mais um filho. Hoje, sei o que é a felicidade, pois, tenho dentro de mim algo muito precioso, o Espírito Santo!”

Anabela Ramos

Fonte: Folha de Portugal

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