“É só uma vez, não faz mal nenhum!”, “Eu paro quando quiser!”… foram estas certezas que trouxeram consequências devastadoras para a vida de Cláudio

“Quando era pequeno, o meu pai tinha muitos problemas com álcool e, muitas vezes, havia confusões quando íamos a festas. Como o meu pai era alcoólico, quando chegava a casa chateado e embriagado aconteciam coisas terríveis. A mim, o meu pai nunca me agrediu fisicamente, mas ao meu irmão, quando se irritava muito com ele, batia-lhe.
Tudo isso sempre mexeu muito comigo e, mais tarde, deu-se um clique na minha cabeça, decidindo fazer tudo o que me apetecesse. Andava de moto e fazia corridas. Comecei a experimentar coisas novas e conheci pessoas que já consumiam estupefacientes. Houve alguém que me explicou como poderia ganhar dinheiro com a venda de drogas e foi assim que me envolvi nesse negócio. Quando dei por mim, já estava também a consumir e fui sempre evoluindo para drogas cada vez mais fortes (cocaína, ecstasy, selos, cogumelos, pólenes…). Ia para discotecas, onde vendia e consumia drogas. Como trabalhava, tinha mais dinheiro para comprar e vender droga sobretudo aos amigos”.

ESQUIZOFRENIA

“Com o passar do tempo, a minha cabeça deixou de funcionar bem e o médico diagnosticou-me com esquizofrenia, tendo-me dito que, a partir daí, iria ter de tomar medicação. Eu ouvia vozes que mexiam comigo e me faziam crer que que tinha chegado o momento de acabar com a minha vida. Tudo isso destruiu o meu casamento, porque a minha mulher viu que estava numa relação sem futuro, com uma filha para criar e a vida arruinada. Foi, então, que nos separámos e veio a depressão. Na altura, já tinha dito ao médico a verdade sobre o que consumia e ele mandou-me parar. Cortei de vez como tudo o que me fazia mal, mas, após 6 meses de consultas, o meu médico ficou de baixa e deixei de ter medicação”.

LIBERTAÇÃO

“Nessa altura, já conhecia um casal que ia à Universal e que me convidava frequentemente para ir com eles. Um dia, passei na porta da Igreja, deram-me um folheto e fui a uma reunião de libertação numa sexta-feira. Logo, nesse dia, senti-me em paz e foi assim que fui perseverando na fé, indo a mais reuniões e colocando a minha fé em prática. Passei de um vício tão forte para hoje nem conseguir suportar sequer o cheiro do tabaco.
Deixei de ser seguido pelo psiquiatra e, hoje, estou em paz! Agora, faço o transporte coletivo de crianças e, para além disso, ainda angario imóveis para uma empresa. Para quem não ia chegar a lugar nenhum porque era esquizofrénico, tenho vindo a progredir e acredito que irei chegar aonde Deus quiser que eu chegue, nunca desistindo e sempre perseverando na fé!”

Cláudio Martins

Fonte: Eu era assim

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