Desacreditado, viciado e ameaçado de morte

Ao crescer no meio da violência, drogas e álcool, Leonardo tornou-se um jovem agressivo e viciado, até que um convite mudou para sempre o rumo da sua vida

“Quando tinha três anos, os meus pais separaram-se, devido ao vício do álcool do meu pai. Para não vivermos na rua, a minha avó materna deu-me abrigo a mim, à minha mãe e às minhas três irmãs.
Em busca de uma solução para os problemas que tinha em casa, pois os sete filhos eram viciados, brigavam entre si e estavam cheios de problemas financeiros, a minha avó acabou por aceitar um convite para ir a um centro de macumba, onde lhe foram pedidos rituais.
Os anos foram passando e eu fui vendo muitas brigas, droga, álcool, ameaças de morte, agressões, enfim, a minha família era totalmente destruída. Foi, então, que a minha avó e a minha mãe conheceram a IURD, foram libertas e aprenderam a usar a fé inteligente, compreendendo o engano em que viviam.”

Um convite. “Dos 16 aos 18 anos comecei a frequentar discotecas e a participar em gangues, onde eu ia havia sempre briga. Só arranjava confusões, consumia muito álcool e fui jurado de morte por gangues rivais. Uma vez, numa briga quase fiquei cego!
Desde criança, tinha o sonho de ser jogador de futebol. Jogava nas escolas de futebol do Bangu A.C. do Rio de Janeiro, mas, devido ao álcool e às noitadas, perdi várias oportunidades no futebol.
Já sem esperança profissional, desacreditado, viciado e ameaçado de morte, aos 18 anos, aceitei o convite para participar num encontro de jovens da IURD, a Força Jovem Universal. Lá foi-me apresentada uma nova maneira de ser jovem, compreendendo que os vícios, as brigas e as noitadas não preenchiam o vazio que existia dentro de mim.”

A mudança. “Ao participar nas reuniões de libertação e na FJU, fui liberto do vício e do nervosismo e, com 19 anos, quando mais ninguém acreditava em mim, Deus abriu-me uma porta para jogar na Europa. Na altura, recebi duas propostas, uma de uma equipa da Rússia e uma de Portugal. Optei por Portugal, realizando assim o meu maior sonho!
Joguei durante 12 anos em Portugal e noutros países. Mas o meu maior prazer foi ter levado a Palavra de Deus, como obreiro, a países que não têm Igreja, como o Irão e o Chipre. Foi uma alegria imensa poder ver Deus usar-me e também realizar o meu maior sonho! O que antes parecia impossível tornou-se realidade e todos puderam ver Deus na minha vida!
Hoje, sou feliz, realizado e, acima de tudo, tenho paz. Depois de ter terminado a carreira de futebolista, estou a dar os primeiros passos como empresário de jogadores de futebol. Recentemente, fui ao Brasil para tratar dos documentos para a abertura da minha empresa e da licença de agente internacional de jogadores de futebol, certificada pela Confederação Brasileira de Futebol e pela FIFA.”

Leonardo Rimes da Cunha
Fonte: Folha de Portugal, edição Nº757