Final de ano aumenta depressão e suicídio

“Noite feliz…” é assim que começam os cânticos característicos desta época festiva… contudo, para muitos, esta felicidade ‘obrigatória’ nunca é real e é por ter de ser ‘fingida’ que veem o seu intenso sofrimento ser agravado

Cresceu 22,4 por cento nos últimos anos e atingiu o seu valor mais alto em setembro deste ano. Foram 952 pessoas que colocaram um ponto final à sua existência no ano de 2021. Isto revela que, à parte das três pessoas por dia que se estima suicidarem-se em Portugal, os números tendem a aumentar radicalmente consoante a época vivida. O mesmo se aplica à época festiva, como realça a International Stress Management Association (Associação Internacional de Controlo de Stress, em tradução livre) que alerta que as últimas semanas do ano apresentam aumento de casos de depressão e suicídio.

AS CELEBRAÇÕES

Desde 1970 que a organização que trabalha com a pesquisa, prevenção e tratamento do stress, tem vindo a analisar que o aumento a taxa de suicídio está diretamente relacionada às celebrações de final de ano, como o Natal e Ano Novo. Acredita-se que 75 por cento da população mundial se sinta mais stressada nas últimas semanas do ano. Cerca de 60 por cento se sinta mais solitária, ainda que na presença de familiares e amigos. E, pelo menos, 30 por cento das pessoas revelem o quadro conhecido como “depressão de Natal”.

“FELICIDADE OBRIGATÓRIA”

Por que motivo isto acontece? A pressão inerente a esta época do ano é notória. A ceia perfeita, os presentes, os jantares de grupo, o balanço a que um fim de ciclo obriga, aliado à ‘obrigação’ de se sentir feliz… tudo isso provoca uma pressão interior (e exterior) muito grande. Por isso, não são poucos os que acabam por entrar em depressão (ou verem o seu quadro agravar-se), outros sentem-se excluídos ou isolam-se e outros ainda, radicalmente, optam por colocar um fim a tudo.

Fonte: Folha de Portugal

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2022-12-20T13:40:48+00:00

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