Pedro perguntou a Jesus quantas vezes ele deveria perdoar o irmão que falhou com ele e se seria sete vezes e Jesus respondeu que é até 70 vezes sete (Mateus 18.21). O resultado desta conta é 490 vezes, mas isso quer dizer que devemos perdoar infinitamente, assim como precisamos de perdão a todo o momento.

Mesmo que uma pessoa tenha errado consigo, é necessário que a perdoe e, quando nós vivemos no Reino de Deus e somos a Igreja do Senhor Jesus, perdoamos infinitamente.
Paulo era cheio do Espírito Santo e, ainda assim, afirmou que era um homem miserável e que não merecia as grandes revelações de Deus. Nele também foi colocado um espinho, para que não esquecesse de que era homem. Então, por mais que sejamos fiéis e leais a Deus, somos uma “casa de barro” e, ainda que o Espírito Santo habite em nós, não deixamos de ser falhos.

Jesus fala que o Reino dos Céus pode ser comparado a um rei que perdoou a dívida do seu servo de dez mil talentos. Contudo, esse mesmo servo não perdoou a dívida do seu conservo, que lhe devia apenas alguns talentos (Mateus 18.21-35). Como, então, uma pessoa que age assim pode ser perdoada?

O primeiro dos Dez Mandamentos é amar a Deus acima de todas as coisas e o segundo é amar o próximo (Mateus 22.39) e, como Jesus revelou e está em Mateus 11.12, o céu é tomado por violência e essa agressividade tem de ser contra a sua vontade, como a de perdoar. O Reino de Deus está dentro daqueles que ouvem e obedecem à Palavra de Deus e, por isso, Jesus ensinou na oração do Pai Nosso: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6.12). Temos, portanto, que praticar o perdão. Ainda que sejamos falhos, Deus nos dá todas as condições para que venhamos a viver permanentemente em comunhão com Ele.

Bispo Macedo

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