“Não eram só pensamentos… tinha mesmo surtos suicidas”

Dificilmente uma pessoa consegue determinar qual a origem da sua depressão. Teria sido um trauma? Frustrações mal resolvidas ou a pressão social? Para Ana, era uma junção de tudo, que culminava numa vontade incontrolável até de se matar

Quando se vive um trauma, não se consegue determinar em que medida o mesmo irá afetar a vida da pessoa. Enquanto muitos afirmam ter superado, outros não tiveram outra opção senão arrumar numa ‘caixinha’ que permanecesse esquecida no seu próprio cérebro para que pudessem seguir com a vida. Mas, este autoengano, apenas permite que, gradualmente, o veneno proveniente da ‘caixinha’ onde se arrumou o trauma vá contaminando o seu próprio interior.

INFÂNCIA PERDIDA

Ana não tem pudor em assumir que os seus problemas tiveram início na infância, desde os 9 anos de idade. As várias tentativas de violação de que foi alvo e a necessidade de ter de tomar conta dos irmãos acabaram com os poucos sonhos de menina que lhe restavam e fizeram tornar-se mulher, de um dia para o outro. “Com 14 anos, conheci o meu marido e aos 15 saí de casa. O meu casamento começou por revelar imensos problemas, que culminaram em agressões verbais e físicas violentas”, relembra. E porque todos procuram um alívio para as adversidades vividas, Ana encontrou o seu escape no tabaco e no jogo, vícios que apenas acentuaram os sintomas depressivos que já sentia.

ESCURIDÃO INTERIOR

“A depressão começou após um parto que espoletou em mim muita agressividade, pânico, medos e até surtos suicidas. Desejava sempre estar isolada do mundo e, para isso, refugiava-me no escuro. Entrava em casa e fechava tudo, até trancava a porta, muitas vezes por medo de alguém a abrir… e foi assim durante muitos anos”, recorda a espiral que afetou a sua saúde a ponto de chegar a pesar 47kg e sofrer surtos suicidas, quase impossíveis de controlar.

É POSSÍVEL! Embora muitos a neguem de forma categórica, a cura não só existe como aconteceu na vida de Ana, que chegou de ter a doença diagnosticada pelos médicos. “Ainda se chegou até de colocar a hipótese de me ser feita uma cura de sono, pois não dormia, sendo que até medicação para dormir tomava, sem que fizesse qualquer efeito.” Ana manteve-se neste estado até conhecer a Universal, onde iniciou um longo processo de cura interior e libertação. “Fui devidamente orientada pelo Pastor e sempre segui o que era ensinado! Hoje, estou curada da depressão e liberta de todos os vícios. Toda a minha família partilha da mesma fé e o meu casamento é muito feliz e abençoado. Inclusivamente, casámos na Cerimónia dos Casamentos e fui, nesse mesmo dia, batizada com o Espírito Santo!”, conclui Ana o relato da sua experiência de vida.

Ana Nabais

Fonte: Folha de Portugal