Diversos estudos têm vindo a comprovar que a exposição excessiva a conteúdos virtuais pode causar danos significativos nos jovens cérebros

Um pouco por todo o mundo, especialistas têm constatado que o número exagerado de horas passadas em frente aos ecrãs pode comprometer o desenvolvimento cognitivo, afetar as competências sociais, emocionais e mentais, para além de influenciar a concentração e a capacidade de aprendizagem, sendo, portanto, já comummente usado o termo “autismo virtual”.

SINAIS

Diminuição da capacidade física, maus hábitos alimentares, dores e enxaquecas, dificuldades de comunicação, isolamento social, dependência dos ecrãs, problemas de linguagem, de sono e a nível emocional, sensibilidade extrema, impulsividade, timidez, baixa autoestima, depressão, ansiedade e até desejos suicidas podem ser alguns dos sintomas a que os pais, educadores e a sociedade em geral deverão estar atentos junto das crianças e adolescentes. Afinal, a necessidade de publicar conteúdos a fim de preencher o vazio interior causado pela carência, pelas frustrações e pela solidão acabará por deixar muitos viciados não só nas redes sociais, mas também na interação online através de jogos, chats e todo o tipo de plataformas digitais, afastando-os da realidade. “Muitos expõem o que estão a sentir, para onde estão a ir, o que estão a comer, o que pensam sobre este ou aquele… E aí vale até forjar a felicidade no mundo virtual para aparecer mais do que os outros, porque o vício instalado imputa o seguinte pensamento: se não me virem, não me aceitarão e não me amarão, logo, eu não existo!”, explica escritora Núbia Siqueira no seu blogue.


Conselhos para os pais:

*Estipular limites diários de uso dos ecrãs;
*Estimular a prática de atividades no exterior;
*Incentivar a leitura e promover o contato humano;
*Começar por dar o exemplo.

Números alarmantes
*Por dia, os jovens entre os 11 e os 17 anos recebem 237 notificações no telemóvel.
*Alguns chegam até a receber 5 mil notificações em 24h.
*23% das notificações são recebidas ainda durante o horário escolar.
*100 vezes é a média diária do número de vezes que os jovens verificam os smartphones.
*50% dos jovens passa até 5h online diariamente.
*TikTok, Facebook, Instagram e Discard são as principais distrações.
*Entre 2h a 7h por dia são passadas apenas no TikTok.

Fonte: Eu era assim

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