Se a “guerra dos sexos” alguma vez existiu, é agora, em pleno séc. XXI, que vivemos o seu apogeu…
Para os mais atentos, apesar de todos os conflitos bélicos que têm lugar no mundo inteiro, existe outro que está a ter lugar quase que em surdina e que, de certa forma, sempre foi intrínseco à humanidade: a guerra entre homens e mulheres. Será a procura de uma sociedade mais igualitária e inclusiva que move as mulheres atualmente? Para muitas, a resposta é sim! A trabalharem dentro e fora de casa, com estudos superiores, provas dadas de capacidade física e intelectual… parece não haver nada que uma mulher consiga fazer igual ou melhor que um homem… exceto, conhecer-se a si mesma!

NÚBIA SIQUEIRA, NO SEU LIVRO “A MULHER QUE TODO HOMEM QUER”, ABORDA AS DIFERENTES CAMADAS DO SEXO FEMININO DESDE A SUA CRIAÇÃO, ATÉ CHEGAR À SUA VERDADEIRA ESSÊNCIA…

Núbia afirma que a obra nasceu como fruto de uma conversa de fim de tarde, onde se debatia os problemas femininos. “Atualmente, existe uma questão subjacente ao sucesso académico e à carreira da mulher, é que muitas tendem a levar esse empoderamento para os relacionamentos. A consequência é que, esta imposição da vontade, acaba, muitas vezes, por anular a do parceiro”, relembra a história de uma separação que esteve na base da construção da narrativa.

O que quer, então, um homem numa mulher?

“O homem tem, por hábito, ser modesto nos seus pedidos. Uma companhia, amizade e respeito é a sua habitual demanda numa mulher. E mesmo sendo mais visual, no convívio diário, é o interior que se torna fundamental. O homem quer conviver com uma mulher realizada, feliz, segura, bem resolvida!”

Qual é o público-alvo desta obra?

Quis falar com o público feminino até como uma forma de resgatar o tratamento especial que a Bíblia dá à mulher. Se em culturas passadas e em tempos antigos, a mulher era tida como inferior, comprada como uma mercadoria e tratada apenas um pouco melhor do que um animal, Deus sempre tratou com muita dignidade àquela que Ele mesmo criou.
Quando pensamos no tempo que o Senhor Jesus esteve aqui, Ele permitiu que as mulheres O seguissem de perto e que fossem cooperadoras no Seu ministério. Ele ainda se dedicou a ensiná-las — como no caso da mulher samaritana — quando nenhum homem fazia isso, nem mesmo com as suas respetivas esposas.
Então, ao contrário do que muitos pensam, a Bíblia exalta o papel da mulher e define bem o propósito para o qual ela foi criada.

“A Mulher que Todo Homem Quer”, o que inspirou este título?

“No meu dia a dia, tenho convivido com muitas mulheres e observo as debilidades na vida pessoal, carreira, família…, mas nada se compara, às dificuldades enfrentadas nos relacionamentos. A vida de muita gente parece um ringue.
Há tantas queixas das mulheres por parte dos homens, mas, em contrapartida, há tantas queixas dos homens em relação às mulheres.
Então, focamos nos assuntos femininos, para que haja um crescimento na mulher, de maneira que ela esteja segura, forte e feliz consigo e isso refletirá nos seus relacionamentos. É claro que os homens só ganharão com isso!”
Como é explorado esse conceito no livro?
“O conceito é expandido usando o exemplo de mulheres da Bíblia, de diferentes idades, épocas e condição social. Aprendemos com os seus acertos sim, mas também com os seus erros.
Porque, como seres humanos, não aprendemos apenas com bons exemplos, infelizmente.”

Houve algum momento ou capítulo particularmente desafiador?

“Falar de Eva é sempre muito desafiador, porque, ver a honra de ser criada à imagem e semelhança do Criador, ter tantos privilégios e perder tudo isso, parece incompreensível para nós. Eva era a mulher perfeita em todos os sentidos. Ela tinha uma beleza insuperável, um casamento dos sonhos e viveu no Éden e conheceu um mundo sem as marcas do pecado. Contudo, escolher a desobediência a fez experimentar uma dor, que não foi só dela, mas passou a toda raça humana.
Mas, ao mesmo tempo, nós nos vemos em Eva, pois, diante de tentações também falhamos, erramos e colocamos em risco dádivas que para nós são tão preciosas!”

Fonte: Eu era assim