A partir do momento em que transgrediu a lei, tudo muda. Quem um segundo antes era humano, deixa de o ser. Passa a ser um pária, ‘julgado’, perante a sociedade, de acordo com um outro código moral, tornando-se ainda mais ‘invisível’ do que um sem-abrigo.
Para muitos, torna-se até injusto que quem roubou, matou, violentou ou molestou, seja suportado pelo Estado, ou seja, indiretamente, por si. Quem nunca escutou (ou até mesmo referiu) a expressão “ando eu a trabalhar para sustentar…” e o nome que vem a seguir, raramente abona a favor do recluso.