De acordo com um relatório recente da União Europeia, 4 em cada 100 pessoas foram diagnosticadas com depressão e 5 em cada 100 com ansiedade. E, embora a depressão seja a doença mental mais comum no nosso país, a ansiedade ultrapassa os 7 casos por cada 100 portugueses. Contudo, estes números podem ficar muito aquém da realidade, visto que nem todos os doentes procuram ajuda ou chegam sequer a ser diagnosticados, pois os tabus em torno das doenças mentais continuam a ser, infelizmente, uma realidade.
DEPRESSÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão e até 2030 esta será a doença mais comum em todo o planeta. Atualmente, 3 em cada 10 portugueses já foram diagnosticados com depressão e 6 já experimentaram sintomas desta doença em algum momento da sua vida, segundo um inquérito da Lundbeck Portugal.
Mas, quando chega o momento de procurar ajuda, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não consegue dar a resposta necessária ao elevado número de pedidos, pois a falta de médicos de família impede que muitos sejam reencaminhados para os especialistas, que, por sua vez, também são poucos para tantos pedidos de auxílio que a eles chegam. E como o SNS não comparticipa as consultas no setor privado, nem todos os portugueses têm dinheiro para suportar os preços das consultas especializadas.