Prejuízos podem ser irreversíveis
“Conjunto de pessoas com relação de parentesco que vivem juntas” …
Esta é a definição de família no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. E, se atentarmos à definição com particular reflexão e de forma racional, é exatamente isso que tem vindo a acontecer. A família sempre foi considerada como a célula mater, a base da sociedade e do ser humano em todas as etapas da sua vida. Contudo, existe uma influência nefasta, que até os menos atentos podem sentir, que tem, gradualmente, vindo a causar fraturas na base do padrão familiar. Os pais são a referência natural dos filhos, ou, pelo menos, deveriam ser…, mas, cada vez mais observamos que essa influência tem vindo do exterior, o que tem colocado nesta geração um risco acrescido de valores e comportamentos.
BASE DA HUMANIDADE EM PERIGO?
O aumento significativo do número de divórcios tem resultado na realidade frequente que é a família monoparental (Em 2021 existiam no total 579.971 núcleos familiares monoparentais – eram 480.443 em 2011). O sistema de apoio (emocional, físico, psicológico) que a criança necessita para um ambiente mais seguro torna-se, desta forma, mais reduzido, o que leva à procura do mesmo em amizades, internet, ou outro tipo de influências. Esta falta de controlo parental, muitas vezes, leva a que muitas crianças ou jovens, na sua falta de orientação, se escudem nas más companhias, que muitas vezes os levam para o consumo de drogas, criminalidade ou condutas desviantes. Tudo isto acaba por ser pautado pelas dificuldades financeiras que cerca de três quartos das famílias portuguesas já revelam e que torna o ambiente familiar ainda mais instável.
Fonte: Folha de Portugal
