Desde muito nova, Fátima sentia-se muito triste e frustrada, não gostando de si própria e isolando-se. “Achava que era uma criança indesejada, feia e sem qualquer valor. Tudo isso estava ligado à minha infância conturbada e à falta de carinho, amor e compreensão.
Logo muito cedo, fiquei com a responsabilidade de tomar conta dos meus irmãos, lutava, mas, a depressão estava lá! Tentei o suicídio aos 14 anos e aos 17, acabando por fugir de casa. Pensava que a solução era ir viver com outra pessoa, pois assim teria uma vida melhor e mais calma. Mas, não foi nada disso que aconteceu, pois. existia muita violência física e sofrimento. A tristeza não parava de aumentar, a frustração crescia, não conseguia sequer olhar-me no espelho e anulava-me a mim mesma”.

TRAGÉDIA

“Finalmente, aos 24 anos, conheci alguém que me valorizava e que se tornou meu marido. Depois de alguns anos de felicidade, o meu esposo foi assassinado e foi aí que cheguei ao fundo do poço! A depressão apoderou-se completamente de mim e tive de procurar psicólogos e psiquiatras. Tomava muita medicação, que me obrigava a dormir, mas acordava ainda mais cansada.
Durante 15 anos, vivi com raiva, ódio e rancor por não ter sido feita justiça pela morte do meu marido. Eu queria vingança e nada conseguia apaziguar essa dor! Só o meu filho me fazia ficar de pé, pois, tinha de o sustentar e criar”.

“Até que, um dia, ouvi num programa de rádio, uma oração que me transmitiu paz e testemunhos que mexeram comigo. Acabei por ir à Universal e saí de lá com uma paz e uma tranquilidade que já não sentia há muitos anos. A partir daí, despertou dentro de mim uma sede de conhecimento da Palavra de Deus e de receber o Espírito Santo. Um dia, tive a certeza de que Deus era comigo e recebi o Espírito Santo. Houve uma total transformação do meu ser! Hoje, durmo mal chego à cama e, se antes tomava 20 comprimidos por dia, agora não tomo nenhum. A dor e o vazio interior desapareceram, depois de ter aprendido a perdoar!”.

Fátima Gonçalves