Rebeldia, vícios e o mundo da noite…

Mais do que problemas exteriores, Marlene travava uma luta interior que a tornava uma jovem infeliz, frustrada e com muito medo

“Eu era uma jovem complexada, achava-me inferior às minhas irmãs, pois elas eram bem-sucedidas na escola e eu não. Sempre fui má aluna, nunca gostei de estudar e, com tudo isso, acabava por me inferiorizar. Nunca senti rejeição por parte dos meus pais, mas eu mesma me diminuía. Tornei-me uma jovem rebelde, muito revoltada, sem prazer em estudar.
A nível familiar, à medida que fui crescendo, não me entendia com o meu pai, não conseguíamos estar meia hora sem começarmos a discutir e dizia que nunca nos iríamos entender. Depois, conheci os vícios e o mundo da noite que achava normalíssimo, mas que, no fundo, participava nele para preencher um vazio que tinha e não sabia.
Era também uma jovem medrosa, tinha medo de estar sozinha em casa, fechava tudo e resguardava-me no quarto. Também tinha medo até de conduzir, mesmo após tirar a carta de condução, inexplicavelmente, fiquei com medo, arranjando desculpas para não o fazer.”

JOVEM FELIZ. “Vim à Igreja a convite da minha mãe. Quando cheguei, comecei a participar, primeiramente, nas reuniões de libertação e também na reunião de domingo pela manhã. Segui as orientações por parte dos pastores, sempre com base na Palavra de Deus e entreguei-me verdadeiramente. Obedecia à Sua Palavra e fui-me entregando e libertando, paulatinamente, não foi da noite para o dia, foi um processo.
Há medida que me entregava, Deus me transformava. E, quando dei por mim, o medo já não existia, já não existiam os complexos de inferioridade, estava bem mesmo sozinha, não precisava de amigos e nem de nada para preencher o vazio que sentia. Tudo isto porque já estava bem interiormente, pois tinha tido um encontro com Deus. Hoje sou feliz!”

Marlene Monteiro
Fonte: Folha de Portugal, edição Nº756