Um estudo que integrou 130 participantes na Universidade de Copenhaga revelou que aqueles que valorizavam a espiritualidade possuíam um córtex cerebral mais espesso e isso ajudava-os a proteger contra a depressão. Já o Hospital McLean, em Massachussetts, decidiu criar um programa em 2017, com uma equipa multidisciplinar, que permitisse a espiritualidade no tratamento de pacientes. Desde então, mais de 5 mil pessoas já foram atendidas e 90 por cento relatou experimentar algum tipo de benefício.
Atualmente, a enfrentar problemas como desemprego, violência, problemas financeiros ou sensação de vazio, a sociedade tem-se vindo a tornar cada vez mais ansiosa e com problemas patológicos, como a ansiedade que, quando não tratada, pode evoluir para depressão. É por isso que recorrer à espiritualidade é fundamental, como Nádia aprendeu a fazer para superar os seus problemas.
A viver no Machico, Nádia Gomes sofria de fortes enxaquecas e de um medo irracional de tudo. “Quando o telefone tocava, não conseguia atender. O mesmo acontecia quando alguém tocava à campainha, pois escondia-me para não ter de ir à porta. O medo era tal, que cheguei ao ponto de ter um filho, pensando que assim nunca mais me sentiria sozinha”, confessa. “Quando andava na rua, sentia sempre que alguém me seguia e, por causa disso, fui a um bruxo. Disseram-me que era uma presença boa, um anjo protetor”, conta uma Nádia que admitia ser muito supersticiosa, chegando ao ponto de fazer sessões de espiritismo com os seus amigos.
