Superar 3 diagnósticos de cancro é algo fora do comum…, porém, Álvaro sabe que a sua recuperação se deveu a uma outra intervenção, para além da medicina
“Toca a todos…”, foi esta a frase de Graça Freitas ao revelar que enfrentou um cancro da mama em silêncio, quando o país e o mundo enfrentavam a pandemia de covid-19. De facto, foi a primeira vez que a ex-diretora-geral da Saúde abordou o tema que neste momento afeta milhões de anónimos, já que não são apenas os doentes oncológicos os afetados, mas também os seus familiares. Álvaro é uma destas faces anónimas, que no seu percurso se deparou com o diagnóstico mais temido. No mundo dos vícios desde os 15 anos, à semelhança de muitos jovens, Álvaro acompanhava os adultos na ingestão de bebidas alcoólicas.
PERCURSO DESTRUTIVO
Seguiu a vida militar, casou, porém, a destruição sempre o acompanhou. “Não existia paz em minha casa, de facto, eu próprio não a tinha. Todos os dias, chegava embriagado a casa e não havia dinheiro para o básico, pois gastava-o noutro lado… era essa a minha vida”, relembra Álvaro que, mesmo assim, não considerava que tivesse uma conduta errada. No entanto, a sua mulher acabou por lhe pedir o divórcio três vezes, pois já não suportava mais a situação. Pai e marido ausente, Álvaro admite: “a minha casa só servia para ir comer e dormir… o resto vivia cá fora”.
CONHECER A UNIVERSAL
O casal conheceu a Universal em conjunto. “Um familiar que ouvia a rádio e lia os casos de superação na revista sugeriu-me que fosse, pois poderia ser que alcançasse a salvação do meu casamento. Na realidade, foi a porta que encontrei não só para o meu casamento, mas também da minha vida!”, garante. Apesar da intensa luta, pautada por muitas recaídas e admissão de responsabilidade, Álvaro libertou-se do vício e entregou a sua vida a Deus. A paz interior e na família foi uma consequência da sua atitude.
TUMORES MALIGNOS
Foi mais tarde que Álvaro veio a travar uma nova luta, desta feita, na saúde. “Apareceram-me diversos tumores no corpo. Um na cabeça, onde fui sujeito a três cirurgias, outro na face e outro nas costas… todos eles malignos. Lutei cerca de quatro anos”, garante. E, para travar esta luta, muniu-se da sua fé. “Entreguei a minha tranquilidade nas mãos de Deus, assim como tudo o que dizia respeito às cirurgias. Recuperei de tudo e hoje tenho o resultado comigo que confirma que estou completamente livre, graças a Deus!”. Álvaro sabe que a tendência do cancro é de que tenha metástases e que se não fosse Deus a atuar na sua vida é para que surgisse novamente, algo que não aconteceu.
A CONFIANÇA
Álvaro atribui a sua cura ao papel da medicina sim, mas certo de que a mesma estava inteiramente subjugada à intervenção de Deus. Nas diversas manifestações de cancro que sofreu, ele podia ter perdido a vida ou nunca se recuperar na totalidade, por isso ele sabe e atribui a sua cura à confiança que depositou inteiramente nas mãos de Deus, a qual hoje não só atesta a sua saúde, como a harmonia familiar e libertação do alcoolismo.
Álvaro Patinho
Fonte: Eu era assim